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Mitos e Fatos


Mitos e Fatos
Com a ajuda de especialista, criamos respostas objetivas para ajudar a entender o que é fato e mito sobre obesidade e as cirurgias bariátrica e metabólica.
10 mitos e fatos sobre a obesidade
Apesar da obesidade ser uma questão de saúde, o assunto é rodeado por estigmas sociais, como a pressão estética, que podem tirar o foco dos fatos. Nesse sentido, uma verdade é que pessoas com obesidade sofrem de gordofobia, um preconceito que deve ser combatido. Para entender melhor sobre essa questão em meio a tanta desinformação, confira o que é mito e o que é fato sobre a obesidade!
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Excesso de gordura acumulada é fator de risco para outras doenças?
Sim. A obesidade é classificada como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas você sabia que o que faz a obesidade ser um problema de saúde é o excesso de gordura corporal acumulada? Pois é, é isso que gera alterações metabólicas. Como resultado temos um organismo predisposto ao desenvolvimento de doenças - sendo hipertensão arterial, apneia obstrutiva do sono, diabetes tipo 2 e osteoartrose algumas das mais comuns.

É possível se exercitar e comer saudável e ter obesidade?
A resposta é sim. Essa verdade é importante para romper com o mito de que a obesidade é sempre resultado de um estilo de vida baseado no sedentarismo e em uma dieta de excessos. A obesidade pode não causar comorbidades antes de chegar aos graus 2 (IMC entre 35 e 39,9 kg/m2) e 3 (IMC acima de 40 kg/m2), mas cada caso precisa ser avaliado individualmente. O fato é que todas as pessoas podem ser saudáveis ou não, independente de peso. Pessoas com obesidade podem perfeitamente ter uma alimentação balanceada e uma rotina com atividades físicas, assim como pessoas magras podem ser sedentárias e ter os níveis de colesterol altos. Entende como a saúde não tem uma relação direta com o número da balança?

Obesidade pode ter diversas causas?
As causas da obesidade são multifatoriais. Isso significa que as pessoas engordam por diversos motivos. Um exemplo é a genética, que de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, quando somada a fatores determinantes como sedentarismo e alimentação, contribui com 70% para o desenvolvimento da obesidade1. Problemas físicos e psicológicos também podem ser citados. Além das questões individuais do organismo de cada um, são crescentes os argumentos de como o contexto socioeconômico influencia no percentual da população com obesidade. Ou seja, é muito mais complexo do que parece inicialmente.

O tratamento para obesidade deve ser sempre multidisciplinar
Se o sobrepeso tem diversas causas, o tratamento para obesidade também deve ser multidisciplinar. Você já deve saber da recomendação de ter um acompanhamento nutricional e de um preparador físico, mas os cuidados precisam ir além, com endocrinologista, psicólogo e gastroenterologista. E isso vale tanto para o tratamento tradicional, com a clássica dupla de reeducação alimentar e prática frequente de atividades físicas, quanto para a cirurgia bariátrica. Inclusive, o protocolo de avaliação para a pessoa que deseja fazer bariátrica é definido pela multidisciplinaridade. O paciente deve seguir o tratamento tradicional com supervisão médica por ao menos dois anos antes de optar pela cirurgia e ter acompanhamento psicológico durante todo o processo.

Obesidade infantil pode causar danos a longo prazo?
Os números de obesidade infantil e juvenil ao redor do mundo são considerados alarmantes. A preocupação é que essas crianças tenham a saúde prejudicada pelo excesso de gordura corporal acumulada desde cedo, aumentando as chances de se tornarem adultos com comorbidades atreladas à obesidade. O sobrepeso também pode ser prejudicial para a fase de desenvolvimento, que é tão importante para o organismo. Crianças com obesidade podem enfrentar problemas nos ossos, músculos e articulações2.

Obesidade é falta de força de vontade?
A obesidade pode ser resultado de questões como genética, fatores econômico-sociais e problemas físicos e psicológicos. Note que falta de força de vontade, comodismo, determinação ou escolha não entram nessa lista. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia afirma que o excesso de peso não tem qualquer relação com o caráter de uma pessoa e que a genética, somada com outros fatores determinantes como sedentarismo e alimentação, contribui com 70% para o desenvolvimento da obesidade3.

A pessoa com obesidade não é saudável?
Se a obesidade é considerada uma doença, ela necessariamente representa o oposto de uma vida saudável, certo? Errado! Essa é uma dúvida muito comum que precisa ser esclarecida. Ao saber que o sobrepeso tem causas diversas, fica mais fácil entender que uma pessoa com obesidade pode perfeitamente ter hábitos saudáveis. Você possivelmente conhece alguém que é magro mas é sedentário, come excessivamente e tem colesterol alto. Ou seja, um estilo de vida saudável não está atrelado ao peso. As pessoas são múltiplas, e existem magros e gordos saudáveis em maior ou menor grau.

Basta fazer reeducação alimentar e exercícios físicos para sair da obesidade?
É verdade que a famosa dupla de reeducação alimentar e prática frequente de atividades físicas compõem o tratamento tradicional para combater a obesidade. Porém, esse não é o único método, exatamente porque não é eficaz para todos os casos. O protocolo de recomendação da cirurgia bariátrica, que é uma solução mais invasiva para obesidade, comprova isso. De acordo com o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, a bariátrica só é permitida para pessoas que tentaram emagrecer com mudanças na alimentação e exercícios físicos por ao menos dois anos com supervisão médica4. A abordagem para tratar a obesidade deve ser sempre multidisciplinar. O acompanhamento psicológico é essencial, especialmente em casos de transtornos alimentares, e também é um dos passos mais importantes da avaliação para cirurgia bariátrica.

O IMC é o principal indicador de um quadro clínico?
A relevância do IMC tem sido cada vez mais questionada na comunidade científica. Atualmente, essa ainda é uma métrica usada, mas não é a principal e muito menos determinante do quadro de saúde de um paciente. O Índice de Massa Corporal calcula o peso em relação à altura para apontar se a pessoa está no peso ideal ou acima dele. O que se questiona é como o IMC não leva em consideração uma série de outros fatores, como o percentual de gordura, peso muscular, níveis de colesterol e outros exames. A abordagem multifatorial é a recomendação absoluta, e o IMC não deve ser avaliado isoladamente.

Obesidade não gera preocupações com a saúde?
A obesidade não é uma sentença, mas sim uma condição que emite alertas por gerar uma predisposição ao desenvolvimento de comorbidades ao longo dos anos. O acúmulo de gordura corporal excessiva resulta em alterações metabólicas que podem causar doenças como hipertensão arterial, apneia obstrutiva do sono, diabetes tipo 2 e osteoartrose5. Isso não significa que a pessoa com obesidade está fadada a desenvolver esses problemas, mas a preocupação com a saúde deve existir. É por esses motivos que o tratamento para obesidade resulta na melhora da qualidade de vida.
10 mitos e fatos sobre a cirurgia bariátrica
Embora nem todo mundo saiba, a cirurgia bariátrica é um procedimento de redução de estômago indicado para tratar pessoas com o IMC maior ou igual a ≥ 40kg/m² ou acima de 35 Kg/m² com comorbidades que não foram curadas com tratamento clínico após dois anos. Não é incomum que pessoas com obesidade em grau avançado e doenças crônicas associadas, como diabetes tipo 2 e hipertensão, tenham dificuldade de ver melhoras nos exames clínicos após seguir procedimentos não-cirúrgicos (como reeducação alimentar e tratamento com medicação). Por isso, esse tipo de intervenção pode ser um caminho para conquistar uma melhor qualidade de vida. Ainda assim, existem muitas dúvidas sobre o procedimento que rondam a cabeça de quem já cogitou realizá-lo.
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Após a cirurgia bariátrica vou passar a comer menos do que antes?
Conforme aponta um artigo publicado na revista Ciência & Saúde Coletiva da ABRASCO, a cirurgia bariátrica reduz o estômago em cerca de 20 centímetros cúbicos1. Mas o que isso significa na prática? Simples: que o órgão perde até 90% de sua capacidade de absorção. Por isso, a mensagem de saciedade é transmitida ao cérebro de modo mais rápido após a intervenção, fazendo com que você passe a comer uma quantidade menor do que a habitual.
Também é bom lembrar que o acompanhamento com um nutricionista é fundamental para que você seja orientado a consumir a quantidade necessária de nutrientes. Assim, o bom funcionamento do organismo e das funções celulares estão garantidos!

É preciso mudar o estilo de vida após a cirurgia bariátrica?
A cirurgia bariátrica é um passo importante para restabelecer a saúde física e obter uma melhor qualidade de vida, mas para que esses objetivos sejam alcançados é necessário que haja mudanças no estilo de vida após a cirurgia. Essas mudanças são a parte mais importante do tratamento e é essencial que a pessoa candidata à bariátrica entenda que isso requer tempo, esforço, consistência e disciplina. Por isso, a manutenção de hábitos alimentares saudáveis e de uma rotina de exercícios físicos é algo que deve ser para a vida toda!

A perda de peso decorrente da cirurgia bariátrica vai contribuir para a melhora dos exames clínicos?
Embora a perda de peso frequentemente esteja associada a fins estéticos, é preciso lembrar que após a cirurgia bariátrica ela é importante para melhorar os parâmetros clínicos de comorbidades de difícil controle. Alguns exemplos são diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia e apneia do sono.
Até mesmo porque as recomendações pós-cirúrgicas relacionadas ao estilo de vida colaboram para que ocorra uma melhora das comorbidades. Assim, as pessoas que fizeram a cirurgia podem ter mais qualidade de vida.

Se eu tiver indicação para fazer a cirurgia bariátrica, ainda assim preciso de acompanhamento psicológico?
Como a cirurgia bariátrica implica em uma mudança generalizada tanto no estilo de vida do paciente quanto na forma corporal, é extremamente importante que uma equipe de profissionais de saúde mental avalie se a pessoa candidata à cirurgia tem condições emocionais de passar pelo procedimento.
Mas as avaliações psiquiátrica e psicológica não devem restringir-se ao rastreamento de transtornos preexistentes! Também é importante manter o acompanhamento após a cirurgia para monitorar o funcionamento psicológico do paciente.

É preciso manter o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar mesmo após a cirurgia?
Mudar completamente os hábitos alimentares e comportamentais após a cirurgia não é simples, mas o acompanhamento com profissionais capacitados que entendam as necessidades do paciente é fundamental para tornar o processo sustentável a longo prazo. Por isso, é recomendado que haja um acompanhamento contínuo de profissionais multidisciplinares como nutricionista, psicólogo, médico cirurgião responsável e especialistas que sejam recomendados para acompanhar a melhora dos padrões clínicos anteriores à cirurgia.

Minhas unhas e meus cabelos vão cair?
A cirurgia bariátrica é considerada o tratamento mais efi¬caz para obter resultados positivos na redução de peso, colesterol e pressão arterial e, por sua vez, trará alterações na função gastrointestinal e digestiva do seu corpo.2
Essas alterações na função gastrointestinal do seu corpo podem diminuir a absorção de nutrientes dos alimentos e refletir em sintomas como queda de cabelo e redução da força das unhas.2
Consumir alimentos variados não garante que as necessidades nutricionais do seu organismo sejam atendidas.3
Por esse motivo, é essencial que você siga as instruções do seu nutricionista antes e após a cirurgia, concentrando-se nos suplementos nutricionais e vitaminas recomendados.2

A cirurgia é minha última opção! Dieta e exercício são sufi-cientes.
Mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios físicos e dieta, como única opção para o tratamento da obesidade apresentam resultados muito limitados (apenas 5% a 10% do excesso de peso perdido no primeiro ano e uma alta probabilidade de novo ganho de peso).4 A cirurgia bariátrica é considerada a melhor opção quando outros tratamentos, como modifi¬cações no estilo de vida, falham.4

A cirurgia é perigosa e a recuperação é longa e dolorosa
A cirurgia bariátrica foi padronizada nos últimos anos e, devido ao aumento do volume de procedimentos cirúrgicos, o nível de especialização dos cirurgiões melhorou substancialmente, reduzindo as taxas de complicações e mortalidade da cirurgia6. A nível global, o número de procedimentos aumentou de 146.000 para 344.000 de 2003 a 2011 e continua aumentando.7
Procedimentos laparoscópicos (que são minimamente invasivos por meio de pequenas incisões)

Não poderei engravidar se eu realizar uma cirurgia
Para combater as complicações que a obesidade pode causar durante a gravidez, o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia (ACOG) recomenda a redução de peso antes da concepção e reconhece a cirurgia bariátrica como um tratamento positivo no tratamento da obesidade pré-gravidez.5
Recomenda-se o monitoramento rigoroso das recomendações de suplementos nutricionais antes e durante a gravidez após a cirurgia bariátrica.5
Finalmente, estudos clínicos mostraram que não há associação entre riscos perinatais e cirurgia bariátrica antes da gravidez.5

Por que eu devo fazer uma cirurgia se vou ganhar peso novamente?
Uma das complicações a longo prazo da cirurgia bariátrica é a recuperação de peso.4 No entanto, quando o paciente demonstra um compromisso com uma mudança de comportamento e estilo de vida, os resultados a longo prazo são positivos.4
Os principais comportamentos identifi¬cados em pacientes com altas taxas de sucesso incluem mudanças disciplinadas na dieta, exercício físico diário e automonitoramento do peso.4
É por isso que a cirurgia bariátrica é de¬finida como um caminho, não como um destino.8