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Como é feita a cirurgia de endometriose
Antes de entender como a cirurgia de endometriose funciona, é preciso saber o que caracteriza a enfermidade. Essa doença ginecológica é definida pela presença do tecido endometrial fora da localização original. O endométrio é o tecido que reveste a parte interna do útero. Na endometriose, esse tecido é movido para outros órgãos da região pélvica e abdominal, podendo ficar nas trompas, nos ovários, nos intestinos ou na bexiga. A causa dessa movimentação indevida ainda é desconhecida.
A cirurgia de endometriose consiste na retirada do tecido endometrial que está localizado fora do útero e, portanto, prejudicando outros órgãos. A operação pode ser feita com os métodos conservador ou definitivo. O conservador preserva o útero e o ovário para pacientes que desejam engravidar. Já o definitivo retira o sistema reprodutor e, quando o dano invade ainda mais a estrutura, como a bexiga e o intestino, pode ser necessária a remoção de parte destes órgãos também.
''O objetivo da cirurgia é a remoção completa de todos os focos de endometriose, restaurando a anatomia e preservando a função reprodutiva e, preferencialmente, deve ser realizada por videolaparoscopia. Quando não for possível a cirurgia conservadora, a opção é a cirurgia definitiva, ooforectomia bilateral, podendo ser necessário também a realização da histerectomia'', detalhou a Dra. Marta.
Em quais casos a cirurgia de endometriose é recomendada?
A intervenção cirúrgica é indicada principalmente nos casos em que os tratamentos para endometriose clínicos hormonais não registraram melhoras ou foram insuficientes. Também existem situações em que o tratamento conservador é contraindicado: ''A cirurgia de endometriose deve ser oferecida quando há presença de endometriomas ovarianos volumosos, lesões de ureter causando hidronefrose, lesões suboclusivas (estenose) ou obstrutivas intestinais e lesões de apêndice'', detalhou a ginecologista.
Porém, essas não são as únicas recomendações. Um mito comum é pensar que o tratamento cirúrgico é indicado apenas para pacientes com endometriose profunda, o quadro mais grave da doença. A vice-presidente da FEBRASGO esclareceu: ''Muitas vezes optamos pela cirurgia mesmo em casos mais leves (endometriose superficial), com focos peritoneais que
cursam com dor insuportável, que resiste a qualquer tratamento clínico e que causa comprometimento da qualidade de vida da paciente''.
Ainda em casos de endometriose superficial, a indicação também engloba pacientes com diagnóstico de endometrioma ovariano - quando a doença atinge apenas o ovário formando um cisto. ''Pode-se drenar a cápsula do cisto ou drenar conteúdo e cauterizar a cápsula. As cirurgias devem ser cuidadosas para minimizar o risco de diminuição de reserva folicular. A retirada da cápsula apresenta diminuição das taxas de recidiva, melhora da chance de gestação e da dor pélvica'', afirmou a Dra. Marta.
Para chegar a essas conclusões sobre a gravidade do quadro da doença, é feita uma bateria de exames, como o toque do fundo de saco vaginal posterior, ultrassom pélvico e transvaginal, ressonância magnética e, em casos específicos, pode ser necessária a realização de laparoscopia diagnóstica com biópsia. A decisão pelo método da cirurgia de endometriose também deve passar por uma conversa entre médico e paciente sobre o relato dos sintomas e pela intenção ou não de engravidar.
Cirurgia de endometriose não cura a doença
Endometriose não tem cura. Por isso, as taxas de recorrência da doença podem ser consideradas elevadas. Assim como os tratamentos para endometriose, a cirurgia diminui a gravidade da doença e pode sim chegar a zerar os sintomas, mas as chances dos focos de endometriose voltarem a surgir existem.
''A recorrência é de 21,5% após 2 anos e de 40-50% após 5 anos da cirurgia. Muitas vezes é necessário complementar o tratamento cirúrgico com tratamento medicamentoso. A patogênese da recorrência das lesões permanece desconhecida, assim como a da endometriose em si'', concluiu a especialista.
Marta Finotti
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