Endometriose e qualidade de vida: Saiba como se manter bem mesmo com diagnóstico da doença

Endometriose e qualidade de vida: Saiba como se manter bem mesmo com diagnóstico da doença

Você sabe o que é qualidade de vida? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a percepção que um indivíduo tem sobre sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. A qualidade de vida de pessoas com doenças crônicas - como a endometriose - é comprometida, pois a perpetuação dos sintomas pode afetar as capacidades físicas, o desempenho de tarefas cotidianas e a saúde mental.

Mas existem algumas estratégias que podem ajudar pacientes a se manterem bem mesmo com o diagnóstico da doença. Para entender mais sobre isso, conversamos com o ginecologista e membro da Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) Diler Silva. Confira a seguir!

Como aliviar a dor da endometriose?

Diler ressalta que o primeiro passo para garantir qualidade de vida mesmo com o diagnóstico de endometriose é procurar um especialista para que seja feito o controle clínico da doença. “O que significa deixar a paciente sem dor, e isso pode ser feito através do bloqueio do fluxo menstrual e da diminuição do padrão inflamatório da pelve. Para isso, faz-se o uso de estratégias para diminuir o quadro de inflamação e consequentemente, a dor da endometriose. Assim, a paciente consegue conviver com a doença e ter qualidade de vida, sem ter que necessariamente submeter-se à cirurgia”, acrescenta o ginecologista.

Entre os métodos recomendados para aliviar os sintomas da doença, o médico cita a implementação de uma rotina alimentar anti-inflamatória, a prática de exercícios físicos e a manutenção do peso. “Hábitos de vida mais saudáveis, como o menor consumo de alimentos industrializados, fazem com que os níveis de inflamação diminuam e, consequentemente, os sinais clínicos”, afirma.

Sintomas da endometriose podem ser agravados com hábitos de vida inadequados

De acordo com o médico ginecologista, algumas práticas podem agravar os sintomas da endometriose, por menos avançado que seja o estágio da doença. Esse argumento é corroborado por um artigo científico* publicado pelo órgão oficial da Sociedade Alemã de Ginecologia e Obstetrícia (GebFra), que aponta que o consumo de álcool e a manutenção de uma dieta rica em gorduras trans têm impacto negativo na ocorrência de endometriose.

No que diz respeito à prática alimentar, alguns nutrientes são considerados importantes para reduzir a inflamação e os sintomas associados, como os ácidos graxos essenciais, vitaminas C, E e K, zinco, selênio e magnésio. Além disso, a ingestão regular de fibras e a utilização de probióticos são importantes para manter a microbiota intestinal funcionando de modo adequado, e consequentemente, o sistema imunológico e reprodutivo.

Podemos concluir que o ideal é que pacientes com endometriose invistam em hábitos de vida saudáveis, pois isso contribui para a melhora da resposta inflamatória característica da doença. A partir disso, a tendência é que os sinais clínicos fiquem controlados e haja uma melhor qualidade de vida.

Diler Silva
CRM RJ: 5268024-9
Professor do Instituto Crispi de Cirurgia minimamente invasiva, especialista em videolaparoscopia e endoscopia ginecológica, membro da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE)

AS INFORMAÇÕES DESTE MATERIAL DESTINAM-SE UNICAMENTE COMO AUXÍLIO GERAL EDUCATIVO. SEMPRE BUSQUE A ORIENTAÇÃO DE UM PROFISSIONAL DA SAÚDE QUALIFICADO.

* fonte: Hat die Ernährung einen Einfluss auf die Endometriose?: National Center for Biotechnology Information Search database. Disponível em: ncbi.nlm.nih.gov (acesso em 06/12/2021)

Elaborado em: 15/12/20211

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